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domingo, 24 de outubro de 2010

Freak out

De forma abrupta, de mente corrupta;
com traços finos e desejo irrefutável
em sua liberdade, seu veneno inevitável.
Olha prenetante, característica mutante
movimentos calculados em um ritmo descompassado

Ela só quer um lugar para pensar
Precisa mais de um quarto para se esconder.
Ela só quer uma música para dançar
E, de prefêrencia, que fale de você.
É sua arma para escapar do que ela não consegue descrever.






sem opção

saí de casa
sem hora para voltar
se o tempo passa
eu não deveria me importar
mas eu ainda estou aqui

no meu relógio
as horas entram em fusão
sempre desacordada
entre mil léguas ou outra direção
e nada me tira daqui

sábado, 31 de julho de 2010

O que significa?

Paisagens azuis, cadeiras de balanço, Ypês amarelos...
Eu ainda não me dei conta do que a vida pode ser, mesmo ela sendo vida desde antes de eu nascer.
E me falam tanto do amor! E o amor? Será que eu já conheci?
Andei pulando janelas atrás de bolo de canela, cenoura com chocolate, fubá; atrás da rapa do angu, atrás do cheiro do café.
Fui viajando a pé, de bicicleta e carinho de mão, eu fui, sem razão.
Tinha guardado no peito aquela imagem, que tanto queria por no retrato. Mas, de mal grado, mesmo assim, te entreguei.
Meu poema eu deixei em papel timbrado, esquecido no ármario da sala de estar. A espera de um dia você o encontrar por lá.
E se sentir vontade, me ligue de volta. Eu custo ouvir o telefone tocar! Mas cansei de esperar, agora não me queixo, me mexo e acabo nem lembrando do que ficou para trás.
Sinceramente? Eu não sei mais. Só sei de você.
Mas deixa o sol aparecer, deixa o dia virar dia, deixa amanhecer, você vai ver!
Eu volto.
Mas se for ainda mais perfeito, desconfie. Eu posso querer ficar.

terça-feira, 13 de julho de 2010

um pouqinho de nostalgia

Tire os sapatos e sinta o chão; aumente o som e feche os olhos; se permita sorrir...

Cante, desafine, grite, toque;

Acorde com o sol, não durma para ver estrelas, durma até meio-dia;

Se molhe, mergulhe, tome chuva;

Faça café, rape a panela de brigadeiro, morda uma maça, colha uvas;

Ande de bicicleta, caía de bicicleta;

Pesque com seu avô, ágüe as plantas com sua avó; corra com um cachorro, dance com uma criança;

Desenhe uma árvore e escreva uma canção;

Deite na grama, ande pelo quintal, se estique na rede, sente na varanda;

Dê gargalhadas com uma comédia, chore com um romance;

Pule na cama dos seus pais com seus irmãos;

Faça um castelo de areia, acampe, jogue futebol;

Ligue para ele ou para ela, abrace;

Faça bolhas de sabão, monte um quebra-cabeça, rode em volta de si mesmo até ficar tonto;

E deixe que as imagens que vieram a sua cabeça permaneçam pra sempre em sua memória.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

só outro post. sem poemas.

Eu fiz um blog porque meu professor de inglês disse que eu deveria expor meus poemas na internet. Segundo ele eu realmente escrevo bem. Vai saber, o que sei é que tive 50 visitantes. Isso deve significar alguma coisa.
Bem, se der dinheiro eu estou no lucro. Mas acho que não, ultimante poesia não tem valor algum. Qualquer um faz dois versinhos e vira escritor. Ou pior, vira Mc.
Imagine, se eu não for nada na vida (não pretendo ser recepcionista na CDI para sempre, meus amigos) posso ser Mc;

"estava de bobeira e resolvi rimar
até que ficou bom, vai virar funk e vai bombar
eu sou mc Jejé, se duvida eu vou provar,
quando tu ligar a rádio é o meu som que vai tocar"

trágico. Fico revoltada com quem não compreende o sentido da poesia.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Frustração

Rabisquei canções
E no meio de minnhas composições
Me descobri sentada enconstada no rodapé do portão
Imaginando que seria melhor ter um violão

Herói

A sua voz virou silêncio
Não ouço mais seu respirar
E alguém levou as batidas do seu coração.

Vi essa página em branco, mas não pude deixar que o seu vazio representasse meu adeus
Eu nunca te deixarei; você não está longe agora
Mas meus olhos ardem e eu não econtro os seus fora dos meus sonhos.

E, por infinitas vezes, herói, te peço...
Só mais um beijo em suas mãos, mais um sorriso largo;
Só mais uma canção te ninar em seu assoviar.

para Antônio de Paula Filho
in memorian

sábado, 24 de abril de 2010

Aparente

Agora eu ando depressa, escuto a voz que grita de mim

Tenho idéias e não as faço esperar

Coloco em prática, enfim.


Se o arrependimento me perseguir

Não mais que duas noites perderei chorando

De certo eu sei, não permanecerei errando


E sobre o amor...

Posso continuar a tentar

Um dia de cada vez, não mais, para rotina não cansar.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Despertar ou falecer

Eu busquei em volta e não senti seu cheiro
No lugar, outro perfume me entorpeceu. - O levei para casa e o deixei em meu travesseiro.
E quando pensei que meus olhos veriam os seus, eles brilharam quando um outro par de olhos apareceu.

Não significa que te esqueci. Significa que não quero pensar em ti.

Senti meus lábios se abrirem em um sorriso, sem você.
Me descobri aflita por ver aqueles passos vindo até mim. – Eles não eram seus.
E eu não estou me envolvendo, apenas deixando levar.
Porque minhas mãos repousam tranquilas agora.
Sem precisar ser em seus dedos, elas conseguem descansar.

No fim, sentirei o mesmo gosto de decepção. Mas eu sigo o ritmo que manda o coração.

domingo, 14 de março de 2010

Janela pro quintal

E ás vezes você acaba percebendo que uma imagem vale mais.
Então arrisque; olhe de novo por aquela janela e me responda:
- O que mesmo você sentiu?
Eu sei que o céu não é mais o mesmo, mas ele está no mesmo lugar.